Araucária investe em iniciativas que promovem o desenvolvimento humano, social e ambiental 24/10/2025 - 02:14
Com o objetivo de propor o desenvolvimento de um plano fundamentado em Soluções Baseadas na Natureza (SBN), com foco na implantação de corredores ecológicos que atuem como infraestrutura verde e azul para reduzir vulnerabilidades, o projeto SBN para resiliência climática na Região Metropolitana de Porto Alegre é uma das cinco iniciativas aprovadas na chamada pública da Teia de Soluções – Resiliência Climática para o Rio Grande do Sul e que serão financiadas pela Araucária.
Pretende-se ainda, com este projeto, estruturar um planejamento metropolitano alinhado às agendas urbanas e ambientais contemporâneas, de caráter ecossistêmico e inclusivo, que promova serviços ecossistêmicos essenciais, como a regulação hídrica, a proteção da biodiversidade e a mitigação do efeito de ilha de calor, ao mesmo tempo em que fomente a participação comunitária na construção territorial coletiva.
Dezesseis projetos voltados à reconstrução e à adaptação climática no Rio Grande do Sul foram indicados para receber, ao todo, mais de R$ 11 milhões em recursos da chamada da Teia de Soluções – Resiliência Climática para o Rio Grande do Sul, uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Fundação Araucária com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), com apoio do RegeneraRS.
“Uma das prioridades da Fundação Araucária é o de apoiar e desenvolver ações que promovam o bem-estar e a riqueza à população. Portanto, fazemos questão de participar desta iniciativa de reconstrução do Rio Grande do Sul, e principalmente, aplicar soluções de prevenção às consequências e causas das mudanças climáticas que temos enfrentado”, ressaltou o diretor de Ciência, Tecnologia e de Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.
Pesquisadores da Araucária e da FAPERGS trabalharão juntos para viabilizar a implantação do projeto SBN para resiliência climática na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Integrando uma ação concreta de resiliência climática para a Região com alto grau de replicabilidade para outros contextos nacionais, especialmente na Região Sul do Brasil.
Será realizado a partir do trabalho conjunto de duas equipes de docentes, pesquisadores e discentes da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em trabalho cooperativo sobre a situação específica da RMPA, por dois anos, a partir do final de 2025, início de 2026.
“Entendo que o financiamento das pesquisas científicas por instituições como a Araucária, é uma conquista para toda a sociedade. Como não há forma de um país se desenvolver de forma justa, equitativa, saudável e resiliente sem a ciência, os investimentos em pesquisa são uma forma inequívoca de desenvolvimento humano, social e ambiental”, destacou o coordenador do projeto no Paraná, Alessandro Filla Rosaneli.
A Chamada
O processo recebeu 174 propostas de diferentes setores da sociedade voltadas à implementação de Soluções Baseadas na Natureza (SBN) para aumentar a resiliência de municípios gaúchos frente às mudanças climáticas. As propostas contemplaram ao menos um dos desafios: “Adaptação climática em ação: natureza como aliada” e “Ciência para a adaptação climática: desvendando o potencial da natureza”. A estratégia busca, por meio da conservação e regeneração de ecossistemas, fortalecer a segurança hídrica e a resiliência costeiro-marinha, preparando o território gaúcho para os efeitos de eventos climáticos extremos.
As iniciativas selecionadas devem atuar, principalmente, em áreas fortemente impactadas por enchentes, deslizamentos de terra e outros desastres naturais que atingiram o estado no primeiro semestre de 2024. A seleção ocorreu em várias etapas, incluindo análise técnica das propostas por especialistas e avaliação final por comitê formado por representantes das instituições organizadoras. Os projetos selecionados terão entre 12 e 24 meses para serem executados.
As outras quatro soluções apoiadas pela Fundação Araucária e FAPERGS são:● Restauração ecológica para a resiliência climática na Lagoa do Peixe: o projeto integra ciência e comunidades para elaborar um plano de restauração com base no potencial de regeneração natural, qualidade dos ecossistemas e prioridades de ação, mapeando zonas prioritárias para restauração ecológica, colaborando com comunidades rurais e gestores na reconstrução da resiliência climática; ● SOMA-Mirim – Sistema de Observação e Monitoramento Ambiental da Lagoa Mirim: sistema integrado de monitoramento ambiental que ajuda gestores públicos e comunidades ribeirinhas a acompanhar, em tempo real, a qualidade da água, do ar e do clima na Lagoa Mirim, gerando alertas e mapas. A solução ajuda na tomada de decisões mais rápidas e conscientes diante das mudanças climáticas; ● CLIMATE-AI-SBN: IA para enfrentamento Climático: plataforma educacional que apoia escolas públicas na preparação para os efeitos da crise climática. Traz trilhas de aprendizagem, simulações e planos de ação com base na natureza, tudo alinhado à Base Nacional Comum Curricular e ● SACH-J – Sistema de Alerta de Cheias de Jaguarão: sistema integrado que combina monitoramento em tempo real e barreiras móveis de contenção para prevenir cheias em Jaguarão. Auxilia gestores e a comunidade, gerando alertas automáticos e respostas rápidas, protegendo a população e reduzindo danos.



