Programa Ganhando o Mundo da Ciência já conta com seis destinos para intercâmbio acadêmico internacional gratuito garantidos 05/06/2025 - 09:18

Com mais de um ano de existência, o Programa Ganhando o Mundo da Ciência já conta com seis parcerias firmadas que estão possibilitando oportunidades de intercâmbio acadêmico internacional gratuito para professores, estudantes e pesquisadores de universidades, públicas ou privadas, e institutos de pesquisa. O programa realizado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, já garantiu estágios em universidades do Canadá, Japão, França, Holanda, Itália e Índia.

Outros acordos devem ser oficializados, em breve, com universidades da China, Austrália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Singapura, Moçambique, Polônia, Finlândia e novas instituições do Canadá.

O primeiro grupo com dois estudantes de graduação e três de pós-graduação está desenvolvendo projetos de pesquisa na Universidade Provincial de Kyoto (KPU), desde o início do mês de abril. Pela primeira vez participando de um programa de mobilidade acadêmica, o estudante do quarto ano de Ciência Biológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Gabriel Luis Back Wendler, está feliz pela oportunidade que considera ser única em sua vida.

“Poder realizar um intercâmbio gratuito é algo muito significativo para mim pois, se tivesse que arcar com os custos não conseguiria participar. Por isso, encaro essa chance com muita responsabilidade e entusiasmo, sabendo que vai fazer diferença no meu futuro, bem como nas relações entre o estado do Paraná e o Japão”, conta o estudante.

São seis meses de crescimento pessoal, acadêmico e cultural que Gabriel considera muito enriquecedor. “Escolhi o Japão pela riqueza cultural, educação de qualidade e pela oportunidade de vivenciar uma realidade muito diferente da minha. Sempre me interessei pela história, valores e tradições japonesas, especialmente o respeito, a disciplina e o senso de coletividade que fazem parte do dia a dia. Minha experiência tem sido muito enriquecedora”, disse.

O professor do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), Jackson Kawakami, está desenvolvendo suas atividades de pós-doutorado na KPU pelo Programa Ganhando o Mundo da Ciência. Seu estudo faz comparações relacionadas ao DNA de bactérias e de fungo, analisando o efeito obtido no manejo orgânico e no convencional para o cultivo de uva e do feijão.

“Acredito que oportunidades como esta que estamos tendo pelo programa agregam, positivamente, em vários sentidos. Fazemos contato com professores, não apenas do Japão, mas também de outros países e vislumbro a possibilidade de meus orientados ou estudantes das próprias instituições, das universidades estaduais do Paraná, virem para cá. Não apenas estudantes mas outros professores também. O Japão tem muito interesse de parcerias com o nosso país”, conta o professor.

Ele ressalta que a mobilidade acadêmica impacta também na vida profissional. “Tem um estudante de doutorado, que por sinal também é brasileiro, no laboratório em que eu estou, que está trabalhando em um produto e existe uma empresa japonesa interessada em vender esse produto similar no Brasil. Provavelmente esse aluno vai terminar o doutorado dele, entrar nessa empresa e vai fazer negócios também com o Brasil. Então existe muitas possibilidades profissionais também”, destacou o professor Jackson.

Além das vantagens pessoais com as oportunidades geradas pelo Programa Ganhando o Mundo da Ciência, há também o impacto para a sociedade paranaense. “Há também a questão cultural, que são formas diferentes do dia a dia da sociedade se organizar. A gente pensa também no nosso país. Formas que possam melhorar as nossas instituições, o nosso estado, o nosso país e reconhecemos tudo de bom que temos no Brasil”, completa Jackson Kawakami.

O grupo retorna ao Brasil no início de outubro e tem aproveitado todas as possibilidades de produção acadêmico-científica em Kyoto. Cursando o primeiro ano do mestrado no Programa de Pós-graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais da Unioeste, Eduardo Remor sempre quis fazer intercâmbio, mas acreditava ser uma ideia muito distante de se concretizar.

“Eu sempre quis muito, mas achava muito distante da minha realidade. E acabou que deu muito certo. Está sendo uma ótima experiência. É um país muito diferente culturalmente e ao mesmo tempo fascinante. Aprendo diversas coisas novas todos os dias”, comenta Eduardo.

Até o momento, já foram investidos no Programa Ganhando o Mundo da Ciência R$ 370 mil. A previsão é de um investimento total de R$ 11 milhões, com a oferta de cerca de 100 bolsas para a iniciação científica e outras 100 para o pós-doutorado.

Muitas oportunidades como as que os estudantes em Kyoto tiveram também serão possibilitadas por meio do programa nas próximas edições desta que é uma ação de fluxo contínuo.

“É um programa que atende desde estudantes da iniciação científica até os professores, para que façam um estágio de pós-doutorado fora do País. Além de fortalecer a internacionalização das nossas universidades paranaenses por meio da viabilização da mobilidade do professor visitante internacional. Apoiamos tanto o envio dos nossos professores quanto o recebimento dos professores das universidades parceiras para a permanência de um semestre letivo desenvolvendo projetos conjuntos”, enfatizou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

O próximo grupo a embarcar, dentro do Programa Ganhando o Mundo da Ciência, vai para Compiègne na França no final de julho, dentro da parceria com a Universidade Tecnológica de Compiègne (UTC).

Em breve deve ser concluído o processo de seleção, para embarque no segundo semestre, para as universidades de Alberta (Canadá), de Warneghen (Holanda) e de Pune (Índia).

Para os estudantes que estão deixando passar as oportunidades de intercâmbio acadêmico internacional gratuito, oferecido pelo Governo do Estado, por meio do Programa Ganhando o Mundo da Ciência, quem está vivenciando as vantagens da inciativa garante que vale à pena tentar esta chance. “Aproveitem essa oportunidade. É uma experiência muito enriquecedora e que vai mudar a vida de vocês”, aconselha o estudante da Unioeste, Eduardo Remor.

“Apliquem, tentem, é muito importante. A gente ganha muita experiência, aprende muito, não só tecnicamente, mas também culturalmente e profissionalmente”, garante o professor da Unicentro, Jackson Kawakami.

Todas as despesas dos estudantes e professores selecionados são custeadas pelo Governo do Estado, incluindo a passagem aérea, visto, seguro médico, auxílio-moradia e acomodação. Os alunos também recebem uma ajuda de custo mensal no período que durar a experiência internacional. Mais informações sobre as edições do programa estão disponíveis em www.fappr.pr.gov.br em Programas/Programas Abertos.