Prazo para as submissões de propostas na 8ª edição do PPSUS é prorrogado para até dia 30/06 12/06/2025 - 12:47

Lançada pela Fundação Araucária e a Secretaria Estadual da Saúde (SESA), a chamada pública referente à 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS): Gestão Compartilhada em Saúde conta com o recurso total  de R$14 milhões de reais. O prazo para as submissões de propostas neste edital foi prorrogado para até dia 30/06.Esta ação também conta com a parceria do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Essa iniciativa fomenta pesquisas aplicadas às necessidades prioritárias do Sistema Único de Saúde, contribuindo diretamente para a melhoria da atenção à saúde da população. Ao articular pesquisadores, universidades e gestores públicos, o PPSUS fortalece a integração entre conhecimento científico e as políticas de saúde, promovendo soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelo SUS em nível Estadual.

As etapas do edital são as seguintes: apresentação da proposta para a Fundação Araucária/Pré-seleção, análise e julgamento das propostas por consultores ad hoc, avaliação pela comissão de especialistas, análise pelo comitê gestor e resultado do julgamento.

Recursos aplicados

Um dos projetos que pode ser destacado e que recebeu o recurso do PPSUS, foi o desenvolvimento e avaliação de prótese mamária de silicone produzida por manufatura aditiva (impressão 3D) para mulheres mastectomizadas. Como algumas mulheres que sofrem a mastectomia, que é a retirada parcial ou total da mama em função do tratamento do câncer de mama, acabam não conseguindo fazer a cirurgia de reconstrução da mama imediatamente, seja por falta de infraestrutura e recursos humanos ou até mesmo porque a cirurgia não permitiu a imediata reconstrução, elas acabam fazendo como parte do tratamento, o uso de próteses externas que podem ser fixadas diretamente à pele ou dentro do bojo do sutiã.

Mas essas próteses comerciais, além de terem custo elevado, não são customizadas, possuem volume, massa e até mesmo aparência em termos de coloração, diferentes da mama real da mulher. Com isso, o professor da Universidade Estadual de Londrina Felipe Arruda Moura e sua equipe, teve a ideia de utilizar a impressão 3D para construir próteses de mama para essas mulheres que foram mastectomizadas a partir de um modelo do próprio seio dessa mulher.

A metodologia utilizada foi a de reconstruir digitalmente a superfície do tronco da mulher. A partir de uma coleta de dados específica dentro de um laboratório de biomecânica e a partir deste modelo digital, foi feita a impressão de um molde, e esse molde recebeu um silicone líquido que depois que secava tinha exatamente o mesmo formato, massas parecidas e até mesmo o processo de pigmentação semelhante à cor da pele da paciente.

“O recurso recebido fez com que tivéssemos confiança no desenvolvimento de um método, e também nos motivou a aprimorar e aplicar a nossa iniciativa, pois foi criada para ser aplicada no Sistema Único de Saúde. Oferecendo desta forma, condições acessíveis para que as mulheres possam adquirir essas próteses de forma democrática”, ressaltou o professor Felipe.

 

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