A professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e articuladora do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) MANNA Academy, Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, foi indicada ao Prêmio Carolina Bori por sua notória contribuição profissional e seu empenho para o surgimento de novas gerações de cientistas, em especial, mulheres.

“Para nós cientistas brasileiras o prêmio Carolina Bori é de relevante importância, dá luz ao trabalho das mulheres cientistas e ser indicada já é uma grande honra. Também uma grande responsabilidade por estar representando o Paraná e a área de microeletrônica, de computação. Isso trás muita inspiração para as meninas que pensam em seguir as carreiras das ciências duras”, disse a pesquisadora Linnyer.

Criado em 2019, o Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” é uma homenagem da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) às cientistas brasileiras destacadas e às futuras cientistas brasileiras de notório talento, que leva o nome de sua primeira presidente mulher, Carolina Martuscelli Bori.

A SBPC – que já teve três mulheres presidentes e hoje a maioria da diretoria é feminina – criou essa premiação por acreditar que homenagear as cientistas brasileiras e incentivar as meninas a se interessarem por este universo é uma ação marcante de sua trajetória histórica, na qual tantas mulheres foram protagonistas do trabalho e de anos de lutas e sucesso na maior sociedade científica do País e da América do Sul.

A cerimônia de premiação ocorre anualmente, alternando duas categorias – “Mulheres Cientistas” e “Meninas na Ciência” -, durante o Simpósio Mulheres e Meninas na Ciência, a ser realizado em 11 de fevereiro (ou data próxima), em celebração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Unesco.

Orgulho para a ciência paranaense - A pesquisadora paranaense, Linnyer Aylon, tornou-se a primeira mulher eleita por seus pares para o cargo de presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica em mais de 50 anos da microeletrônica no país. 

“É motivo de orgulho para mim ser uma pesquisadora do interior do País, por residir em Cianorte, ser uma professora da Universidade Estadual de Maringá. Existem muitas mulheres de muita força, de muita energia do interior desse País e de universidades ainda jovens. Então a indicação ao prêmio tem um grande significado além de inspirar meninas para as carreiras das engenharias, da computação e da microeletrônica. Em especial da microeletrônica onde as mulheres representam apenas 2% dos profissionais no mundo”, ressaltou Linnyer Aylon.

Como membro do CA-ME do CNPq, ela propôs políticas para inclusão do período de licença-maternidade no currículo das pesquisadoras da instituição, inclusive em situações de adoção. Estas medidas foram aprovadas em 2020. Agora, ela busca aprovar medidas especiais para mulheres em tratamento de câncer. Em 2023, tornou-se a Primeira Mulher Honorária da área de Microeletrônica, uma área onde o número de profissionais mulheres no mundo é inferior a 2%.

Recebeu Prêmio Landell de Moura por ser reconhecida como uma mulher à frente de seu tempo, com grande visão, criatividade e persistência. Linnyer foi a primeira ganhadora mulher da área de computação do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia (2022). Em 2013, recebeu a láurea internacional do IEEE por suas contribuições. Em 2018, foi homenageada pela UEM. Seu projeto @manna_team é uma das maiores redes de pesquisa e inovação do país, com 1.000 participantes, entre eles 34 doutores (23 doutoras), 30 professores mestres (11 mulheres) e vários universitários, doutorandos, mestrandos, professores e estudantes de escolas públicas distribuídos em 14 estados do Brasil.