NAPI Taxonline debate plano de negócios e estratégias para consolidação das coleções biológicas do Paraná 24/08/2024 - 19:45
Entre os dias 20 e 21 de agosto, a Fundação Araucária e as professoras Luciane Marinoni e Vânia A. Vicente, da UFPR, organizaram um evento para discutir o plano de negócios e estratégias voltadas à consolidação das coleções biológicas do NAPI (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação) Taxonline. O projeto, que integra acervos botânicos, zoológicos e microbiológicos de alta relevância para a ciência brasileira, foi lançado em 2005 e passou a ser NAPI após receber apoio da Fundação Araucária. O encontro realizado na FIEP reuniu pesquisadores e curadores de coleções biológicas de todo o estado do Paraná, além de autoridades das instituições integrantes do NAPI.
Um dos marcos do evento foi a assinatura do Memorando de Entendimento entre a Fundação Araucária e o World Data Center for Microorganisms (WDCM), com a presença do diretor da entidade internacional Juncai Ma, também membro da Academia Chinesa de Ciências.
"Os NAPIs são direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estadual, de forma integrada e racionalizada para melhor aproveitamento de atores e ativos já existentes. Com isso, eventos como esse e a efetivação de novas parcerias são essenciais”, enfatizou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.
“O que começou há quase 20 anos com apenas nove coleções botânicas e zoológicas no Paraná floresceu em uma rede robusta que abrange 50 coleções de 18 instituições. O fato de a maior parte destas colecções residirem em instituições públicas, principalmente universidades, é um ponto de grande importância e orgulho”, disse a professora Luciane.
Em 2013, a Rede iniciou uma expansão, ampliando seu alcance para incluir coleções de culturas microbiológicas, com a criação do primeiro Centro de Coleções de Culturas Biológicas do Estado do Paraná (CMRP Taxonline), coordenado pela professora Vania.
Segundo a professora, discussões como essa são fundamentais para a construção do conhecimento: acervos que salvaguardam a biodiversidade global ajudam a encontrar soluções em tempos incertos de pandemias e alterações climáticas, fomentando avanços na biotecnologia, medicina, agronegócio e outros campos estratégicos para a preservação da vida na Terra.
“Infelizmente, a importância dessas coleções ainda não é totalmente reconhecida pela sociedade em geral. Assim, nosso principal dever é transmitir urgentemente essa significância. Nesse sentido, devemos nos posicionar como as principais instituições que fornecem informações sobre biodiversidade da mais alta qualidade”.
No último dia do encontro, foi discutida a confecção de um plano de negócios para as coleções biológicas científicas. Serão formados grupos de trabalho que construirão a proposta nos próximos meses, culminando em um workshop previsto para junho de 2025.
Fonte: Assessorias de Comunicação da Fundação Araucária e da UFPR.