Visando fortalecer uma rede colaborativa de pesquisa em saúde nas regiões de Maringá e Londrina, promovendo o desenvolvimento territorial voltado à tecnologia e à inovação no setor da saúde, foi lançado nesta sexta-feira (18) no Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (CODEM), o Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Interoperabilidade a Serviço da Saúde. A iniciativa do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, receberá o investimento de R$ 2,7 milhões.

“São projetos que iniciam nestas regiões mas a ideia é que abranjam todo o Estado do Paraná para entregar para o Paraná todo, serviços de melhor qualidade na área de saúde. É focado no que a gente chama de interoperabilidade, de como diferentes sistemas podem conversar entre eles para melhorar a oferta dos serviços de saúde. Uma demanda que veio da governança local para o desenvolvimento de soluções nessa área”, disse o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

Durante o evento, foi lembrado pelos participantes que a pandemia de COVID reforçou a necessidade de se ter um sistema de saúde integrado que utilize seus recursos de forma eficiente oferecendo o melhor atendimento ao cidadão. Neste sentido, a tecnologia e a inovação podem contribuir com novas ferramentas, métodos e modelos que auxiliem nesse processo. Além da integração entre os estabelecimentos da saúde de forma mais efetiva, com as universidades. Essa integração pode culminar em novas soluções para demandas do mercado.

A professora da UEM e uma das articuladoras do NAPI, Marcia Sammed, ressaltou que a rede colaborativa multi-institucional pretende alcançar um modelo de saúde 5.0. “As ações devem resultar na melhoria na qualidade do atendimento, uma vez que com sistemas interoperáveis os profissionais de saúde terão acesso a informações mais completas e mais atualizadas os pacientes, o que vai resultar em diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes”, explica a pesquisadora.

“Teremos ainda a redução de custos, pois a integração dos sistemas pode reduzir a duplicidade de exames e procedimentos, pode otimizar os recursos disponíveis. A interoperabilidade vai facilitar a comunicação entre diferentes instituições de saúde, o que pode agilizar os processos e melhorar ainda a coordenação do cuidado ao paciente”, completou Marcia Sammed.

A importância do melhor acesso aos dados, por meio das soluções que serão desenvolvidas pelo NAPI Interoperabilidade a Serviço da Saúde, foi destacada pelo secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani. “Se você não acesso aos dados, você não tem inteligência artificial. Este NAPI vai dar uma contribuição fantástica para que isso aconteça. Imagina a quantidade de informações que nós podemos ter sobre a saúde do Brasil, para que possamos ter melhores diagnósticos, para que a gente possa ter dados mais precisos a serviço da inteligência artificial”, comentou o secretário.

Para o prefeito de Maringá, Silvio Barros, o NAPI vai permitir melhores resultados dos sistemas de saúde existentes. “Nós temos já há quase 20 anos todo o nosso sistema de saúde de Maringá informatizado. Porém as informações não se conversam. Falta esta interoperabilidade, para que a gente possa de fato ir mais longe nesse processo”, observou o prefeito.

Presenças: Também participaram do evento o reitor da UEM, Leandro Vanalli; o presidente do CODEM, Mohamad Ali Awada Sobrinho; o secretário municipal de Maringá, Antônio Carlos Figueiredo Nardi; a professora da UEL e articuladora do NAPI Interoperabilidade a Serviço da Saúde, Daniela Frizon Alfieri; além de representantes da 15ª Regional de Saúde do Paraná, da Sociedade Médica de Maringá, da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), do Hub Connect Healthtech SEBRAE Maringá e da UNIMED Maringá.

A cerimônia pode ser revista no canal da Fundação Araucária no Youtube.