Governo do Paraná assina acordo de parceria científica com Minas Gerais 29/08/2025 - 16:56
O Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária, assinou um acordo de parceria com a FAPEMIG, de Minas Geraus, que irá viabilizar o lançamento de chamadas futuras, o apoio a projetos, programas e outras iniciativas até agosto de 2030. O primeiro edital idealizado nessa parceria destinará R$ 10 milhões a pesquisas genômicas na área da agricultura.
As áreas de cooperação serão genômica e melhoramento de soja e feijão; metagenômica de solos; armazenamento e análise de dados de genômica e metagenômica; inteligência artificial aplicada à genômica, metagenômica e melhoramento de plantas e estatística e modelos matemáticos aplicados ao melhoramento de plantas.
O documento foi assinado pelo presidente da FAPEMIG, Carlos Arruda, e pelo presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig durante o evento de comemoração dos 40 anos da FAPEMIG realizado nesta quinta-feira (28),no Centro de Convenções da Fundação, em Belo Horizonte.
"Os estados do Paraná e Minas Gerais reuniram os seus melhores pesquisadores em multidisciplinaridade. Temos todas as especialidades que precisamos, e esse é o grande diferencial do edital. É algo inédito que estamos fazendo dentro do Brasil e com o principal objetivo de gerar riqueza e renda para a sociedade e alavancar cada vez mais a ciência, tecnologia e inovação", afirmou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.
A Araucária e a FAPEMIG têm promovido iniciativas que buscam o diálogo e a cooperação entre instituições. "Nós entendemos que se a FAPEMIG atuar com parceiros dentro e fora do Brasil essa capacidade de alavancar a ciência e a tecnologia e inovação no Estado se multiplica. Essa é uma característica da FAPEMIG de hoje”, destacou o presidente da FAPEMIG, Carlos Arruda.
Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, a parceria entre as fundações coloca em colaboração pesquisadores de ambos estados, fortalecendo o potencial de resultados da pesquisa genômica na área do agro.
“São temas fundamentais para as duas regiões, que são duas importantes produtoras agrícolas e de alimentos do País. Portanto, esta rede de colaboração poderá melhorar cada vez mais o ganho de competitividade no processo de produção de alimentos", declarou Bona.
Oportunidade
No âmbito do acordo, foi lançada a Chamada FAPEMIG 13/2025 - Desenvolvimento de Soluções Científicas, Tecnológicas e de Inovação aplicáveis ao melhoramento genético do feijoeiro, da soja e do microbioma dos solos. Confira a chamada clicando aqui
A iniciativa destinará R$ 10 milhões na busca em acelerar as pesquisas em genômica de culturas alimentares centrais para a economia dos dois estados, como feijão e soja, e ampliar os estudos sobre o microbioma dos solos, base da sustentabilidade agrícola.
Linhas Temáticas
Linha Temática 1: Genômica aplicada ao melhoramento genético do feijão
Nesta linha temática, serão consideradas propostas voltadas para:
a) Identificação de marcadores moleculares e genes candidatos associados a características de interesse agronômico no feijoeiro;
b) Aplicação de abordagens em fenômica e ambientômica no melhoramento genético do feijoeiro;
c) Desenvolvimento de germoplasma com maior resiliência a estresses bióticos e abióticos, além de melhor qualidade de grãos.
Linha Temática 2: Genômica aplicada ao melhoramento genético da soja
Nesta linha temática, serão consideradas propostas voltadas para:
a) Mutagênese direcionada em genes da soja;
b) Mutagênese não direcionada na soja;
c) Otimização de processos de transformação genética da soja;
d) Fenotipagem em larga escala;
e) Desenvolvimento de germoplasma produtivo.
Linha Temática 3: Genômica aplicada ao estudo do microbioma de solos
Nesta linha temática, serão consideradas propostas voltadas para:
a) Integração entre atributos químicos do solo e perfis genéticos funcionais do microbioma;
b) Mapeamento de genes microbianos associados a funcionalidades do solo em diferentes contextos de manejo;
c) Caracterização genômica funcional de comunidades microbianas em solos contrastantes;
d) Análise da correlação entre frações específicas do solo e a expressão de genes microbianos em diferentes condições ambientais;
e) Desenvolvimento de indicadores genéticos de funcionalidade e qualidade do solo;
f) Aplicação de técnicas metabolômicas ao estudo do microbioma;
g) Integração de dados genômicos e metabolômicos para avaliação funcional do microbioma do solo.
Fonte: Assessorias de Comunicação da Fundação Araucária e FAPEMIG.
Fotos: Assessorias de Comunicação do CONFAP e da FAPEMIG.