Conselho Superior da Fundação Araucária aprova prestação de contas de 2022 e plano de trabalho da instituição para 2023 21/12/2022 - 17:40

A Diretoria Executiva da Fundação Araucária apresentou durante a reunião do Conselho Superior, nesta quarta-feira (21) que aconteceu no formato híbrido, o plano de trabalho previsto para 2023 no qual está previsto o investimento de cerca de R$ 133 milhões em recursos próprios e de parceiros para o fomento a ciência, tecnologia e inovação no estado. 

Tanto as ações previstas para o próximo ano quanto a prestação de contas de 2022 foram aprovadas. No ano de 2022 foram lançadas 23 Chamadas Públicas e 15 Processos de Inexigibilidade disponibilizando R$ 87.619.339,40. Deste total, os recursos da Araucária somaram R$ 62.690.822,15 e os recursos de parceiros totalizaram R$ 24.928.517,25.

Ao encerrar a última reunião do ano, o superintendente Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e presidente do Conselho Superior da Fundação, Aldo Bona, elogiou as ações da Araucária previstas para 2023 que priorizam a geração de riqueza e renda por meio da CT&I. “Que no próximo ano possamos ter melhores perspectivas de recursos para a gestão do sistema de ciência e tecnologia e que a Fundação Araucária continue sendo a referência que é. Que possa se destacar ainda mais como instrumento relevante para a construção de um sistema de CT&I, cada vez mais, voltado à melhoria das condições de vida da sociedade paranaense e a Fundação Araucária é um importante instrumento de indução para isso”, destacou o presidente. 

Durante a 33ª reunião do Conselho Superior também tomou posse a nova conselheira representante dos funcionários da Fundação Araucária, Ticiane Barboza Galdino da Silva Nakashima, que substitui a funcionária Fernanda Scheidt para o mandato de maio de 2022 a abril de 2028. 

Destaques em 2022 - Além de fomentar e disseminar a ciência, tecnologia e inovação e investir na formação de pesquisadores, a instituição se destacou em 2022 mais uma vez com o fortalecimento de parcerias internacionais, com a promoção do II Fórum Brasil & China.  

Também foram priorizados aspectos humanitários com a criação do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, no qual até o momento possui 16 inscrições de pesquisadores que já tiveram seus planos de trabalho aprovados. E desses 16 cientistas, oito já estão no Paraná.  

O Programa conta com R$ 18 milhões em recursos. "O objetivo é acolher e integrar as cientistas ucranianas na comunidade paranaense, e também prevê colaborações conjuntas futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação, desenvolvido em parceria com a Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI)", afirma o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

Destaca-se também em 2022, a criação da Cátedra Araucária para o Desenvolvimento Territorial Sustentável do Eixo Capricórnio, que é fundamentada na teoria dos commons, engenharia e gestão do conhecimento e educação digital. Mais de 30 instituições localizadas nos estados e países englobados pelo Eixo Capricórnio assinaram o protocolo de intenções de criação da Cátedra em um evento realizado no Parque Nacional do Iguaçu. 

A Fundação Araucária continua investindo ainda no aprimoramento da plataforma Iaraucaria, na qual permite identificar e localizar pesquisadores do Lattes, suas produções científicas e técnicas, diferentes perfis de formação e de atuação, informações do CNPq e a identificação da infraestrutura na qual eles atuam, como universidades, laboratórios ou centros de pesquisa. Atualmente a plataforma possui 600 pesquisadores. 


Parcerias - A Araucária tem priorizado ainda, a continuidade das parcerias com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Com a primeira instituição, por meio da participação em chamadas públicas como: Amazônia +10, que tem como objetivo apoiar pesquisas que contribuam para a resolução de problemas prioritários para o avanço sustentável na região amazônica. 

Já com a Fiep, na realização do segundo ciclo do projeto para a construção coletiva de rotas estratégicas regionais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Paraná, no qual englobou os ecossistemas do Sudoeste, Norte Pioneiro, Noroeste, Centro-Sul e Campos Gerais. São nove ecossistemas no total. 

"Também aplicamos várias ações para fortalecer os ecossistemas de inovação seguindo as características dos NAPIs. A prioridade é a condução da produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses com base em demandas reais de desenvolvimento de setores estratégicos para o Estado. Até o momento existem cerca de 30 NAPIs em diferentes estágios de criação e funcionamento. É o desenvolvimento regional por meio da ciência, tecnologia e inovação", ressaltou o diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.