Araucária promove o Seminário de Avaliação Final do PPSUS – 7ª Edição 18/03/2024 - 02:50

A Fundação Araucária realizou, nos últimos dias, o Seminário de Avaliação Final PPSUS – 7ª Edição referente à chamada pública 11 de 2020. O evento aconteceu na Escola de Saúde Pública do Paraná. Foram apresentados 40 projetos nos cinco eixos temáticos e linhas de pesquisa:  Saúde da mulher e da criança/Atenção materno infantil; Doenças crônicas não transmissíveis e agravos; Desenvolvimento de tecnologias e inovação em saúde; Avaliação pós-incorporação; Economia e Gestão em Saúde. Este edital teve um aporte financeiro de R$ 5.000.000,00

O Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde: Gestão Compartilhada em Saúde -PPSUS é uma parceria da Fundação Araucária-PR, SESA-PR, Decit/MS e CNPq. “O objetivo do PPSUS é financiar pesquisas na área da saúde da população, contribuindo assim para a redução das desigualdades regionais no campo da ciência, tecnologia e inovação . Por meio do PPSUS torna-se possível promover a aproximação dos sistemas de saúde, ciência e tecnologia em todo o Brasil e principalmente no Paraná”, destacou a coordenadora do PPSUS na Fundação Araucária, Priscila Tsupal. O gerente do setor de Ciência e Tecnologia da Araucária, Nilceu Jacob Deitos também participou do evento.

O PPSUS é uma iniciativa de descentralização do fomento à pesquisa em saúde que prioriza a gestão compartilhada de ações, por meio da parceria entre instâncias estaduais de saúde e de ciência e tecnologia – C&T, financiando pesquisas em temas prioritários de saúde, capazes de dar resposta aos principais problemas de saúde da população, que necessitam do conhecimento científico para sua resolução.

“O Programa é uma das principais iniciativas na área da saúde por vários motivos, e dentre eles posso destacar três principais: o primeiro deles é pelo próprio tema, a área da saúde é prioritária não só para o Paraná assim como para o Brasil, a segunda razão é a forma pela qual o PPSUS é organizado, pois acaba oferecendo atenção maior à pesquisa aplicada, que hoje é uma das melhores formas de interação entre as universidades e a população, envolvendo a C,T&I. E por fim, o funcionamento das pesquisas englobadas pelo PPSUS vai de encontro ao conceito dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação que utiliza dos mais variadores atores para que aplicabilidade das ações seja mais efetiva”, ressaltou o diretor de ciência, tecnologia e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

Confira alguns dos projetos apresentados no Seminário:

Desenvolvimento e avaliação de prótese mamária de silicone produzida por manufatura aditiva para mulheres mastectomizadas - A ideia do projeto foi fazer o desenvolvimento e avaliação de uma prótese mamária externa para mulheres que sofreram procedimento de mastectomia durante o tratamento de câncer. Muitas destas mulheres que sofrem a retirada da mama acabam não fazendo o procedimento de reconstrução, muitas vezes por medo, ou por falta de infraestrutura.

Existe então a prótese externa que faz parte do tratamento destas mulheres por um período, mas que também algumas pessoas acabam não se adaptando, pois essas próteses possuem aspectos diferentes das mamas antes de terem sido mastectomizadas.

“Com isso, resolvemos desenvolver uma prótese utilizando ferramentas de impressão 3D e computação gráfica para fazer uma prótese externa que seja completamente personalizada para cada uma das mulheres. Por isso, o recurso que recebemos da Fundação Araucária foi determinante e nos permitiu comprar os equipamentos necessários, pagar profissionais e bolsistas para se dedicarem exclusivamente ao projeto e desenvolver a metodologia propriamente dita”, destacou o professor da Universidade Estadual de Londrina, Felipe Arruda Moura.

Projeto MedEpiGen: desenho de estratégias de medicina preventiva para perfil genético-epidemiológico da Síndrome Metabólica em populações do Paraná - “O investimento da Fundação Araucária nos permitiu executar uma variação da bivalência da síndrome metabólica em quatro regiões diferentes do Estado, incluindo Guarapuava, Maringá, Ponta Grossa, Bandeirantes, além de Curitiba. Nós estamos avaliando amostras de 1200 pessoas para identificar marcadores de predisposição a esse conjunto de características que define a síndrome metabólica, como: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, obesidade mórbida, dentre outras. O principal objetivo da identificação desses marcadores é conseguir prevenir e reverter essa síndrome”, comenta a professora da Universidade Federal do Paraná, Angélica Beate Winter Boldt.

O projeto já recebeu diversos prêmios, possui mestrandos e doutorandos com pesquisas nesta área, são realizadas também capacitações de orientações e promovida a divulgação científica.

Integração de ferramentas de detecção precoce e monitoramento de Arbovírus, controle e análise de resistência a inseticidas sintéticos em culicídeos vetores de área urbana - As atividades de campo foram desenvolvidas em cidades que apresentam as mesmas características de 81% ou 324 dos municípios do Paraná, ou seja,  população de até 25.000 habitantes.  Foram agregados sistemas que permitem a construção de dados históricos da atividade vetorial em tempo real e informações para o desencadeamento de ações para eliminação e ou redução de criadouros, efetivos e ou potenciais dos imaturos das duas espécies de Culicidae, antes do período favorável da biologia dos insetos vetores.

Foi consolidada a parceria entre duas Universidades do Estado: Universidade Federal do Paraná  (UFPR) e Universidade Estadual de Londrina (UEL), situadas em regiões estratégicas e detentoras de pesquisadores com experiência e estrutura para investigação dos componentes essenciais no controle vetorial: determinação da susceptibilidade aos inseticidas aplicados em programas de controle e detecção de arbovírus (Zika, Dengue, Chikungunya) ainda no vetor de forma rápida e segura, em aproximadamente 48 horas, a partir do recebimento da amostra no laboratório.

“O investimento da Fundação Araucária foi essencial na execução do projeto que apresentava como objetivo, inserir o monitoramento da atividade vetorial como instrumento sensível na prevenção de circulação de arbovírus e detecção dos primeiros sinais da presença do vetor e a elevação da sua população, em especial Aedes aegypti e Aedes albopictus. O reduzido custo operacional viabilizou a ampla cobertura espacial e frequência mensal de coleta dados, gerando informações consistentes e de qualidade para o gestor da área de saúde”, ressaltou o professor da Universidade Federal do Paraná, Mário Antônio Navarro da Silva.

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