A sustentabilidade tem ganhado destaque no Paraná Faz Ciência, em Guarapuava, com a apresentação de projetos estratégicos dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs). Entre eles, o NAPI Hidrocarbonetos Renováveis (HCR) organiza pesquisas voltadas à produção de combustíveis sustentáveis para aviação, diesel verde e alternativas aos derivados de petróleo nos setores de transporte e energia.

“Como um NAPI tecnológico, trouxemos o relato de três anos de trabalho, contabilizando 45 artigos publicados, seis patentes depositadas – quatro já concedidas – e diversos projetos aprovados por agências de fomento e pelo setor produtivo, que têm permitido o desenvolvimento das tecnologias propostas”, destacou Luiz Pereira Ramos, articulador do arranjo e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Também participou do evento a equipe do NAPI Biogás, que visa transformar resíduos orgânicos em energia renovável – térmica, elétrica ou em forma de biocombustível. Coordenado por Breno Pinheiro, do CIBiogás/Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), o arranjo já reúne parcerias com universidades como UEM, UEL, Unila e UFPR. “O Paraná tem grande potencial de produção de biogás, e a proposta é transformar pesquisas em soluções de mercado para uma gestão mais sustentável”, explica.

Na área agrícola, o NAPI Inova Vitis busca fortalecer a vitivinicultura paranaense. Formado por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), UFPR, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM), o grupo atua no desenvolvimento de uvas finas para consumo in natura, na produção de sucos e vinhos, e em técnicas como o uso de coberturas plásticas para controle de pragas e melhoria da qualidade. “Participar do evento é fundamental para divulgar nossas pesquisas à comunidade acadêmica e ao público, especialmente em Guarapuava, uma região estratégica na produção de uvas”, ressaltou a coordenadora Alessandra Maria Detoni, do IDR-Paraná.

Durante a feira o NAPI Eletrônica Orgânica apresentou um novo componente: uma fita leve e flexível capaz de gerar energia solar, adaptável a diferentes tipos de telhado.

Fonte: ACOM Fundação Araucária e NAPI Paraná Faz Ciência