Semana Geral dos NAPIS destaca a mobilização e integração de iniciativas e ativos voltados ao desenvolvimento da CT&I 19/12/2022 - 04:28

A Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs), promovida pela Fundação Araucária em parceria com a Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi encerrada na última sexta-feira (16). Com o objetivo de apresentar o trabalho e resultados dos mais de 30 NAPIs, pesquisadores, autoridades e  sociedade puderam acompanhar o evento, entre os dias 12 e 16, tanto de forma remota como presencial, nas dependências da Araucária.

As apresentações foram divididas em cinco temas: Transformação Digital, Desenvolvimento Sustentável, Agricultura e Negócios, Biotecnologia e Saúde, Energias Renováveis, Cidades Inteligentes e Sociedade, Educação e Economia.

“Aplicamos várias ações para fortalecer os ecossistemas de inovação seguindo as características dos NAPIs. A prioridade é a condução da produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses com base em demandas reais de desenvolvimento de setores estratégicos para o Estado. É o desenvolvimento regional por meio da ciência, tecnologia e inovação", ressaltou o diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

Os NAPIs são direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estadual, de forma integrada e racionalizada para melhor aproveitamento de atores e ativos já existentes. No dia 14 foram expostas as iniciativas dos NAPIs: Solar; Zero Carbono; Biogás; HCR; Nanotecnologia; BioD - Restore; BioD - Recursos Genéticos; BioD – Serviços Ecossistêmicos; Bioinformática e Computação de Alto Desempenho.

“Um dos grandes desafios que enfrentamos hoje é o de reunir os dados e informações dos organismos de uma maneira que possam ser utilizados mais efetivamente. Por isso, que o NAPI Bioinformática é extremamente importante nesse processo, pois trabalha em rede e engloba diversos profissionais nas mais variadas áreas que contribuem com que essas informações sejam tratadas e aplicadas da melhor forma possível”, disse o professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa e articulador do NAPI Bioinformática, Roberto Artoni.

A ênfase do trabalho dos NAPIs está na melhor mobilização e integração entre território, empresas líderes, terceiro-setor e fatores-chave de desenvolvimento das regiões do Estado.

“O NAPI Biogás se destaca, pois o Paraná é o maior produtor brasileiro de proteína animal e exporta essas proteínas para 190 países no mundo. Com isso, fica também no Estado a parte suja desse processo que são os dejetos animais, além dos resíduos agroindustriais que podem ser aproveitados para a geração de biogás e biometano. Portanto, o nosso grande objetivo é identificar tudo que tivermos de pesquisa básica e aplicada que envolva esses temas para serem transformadas em iniciativas benéficas e de relevância para o Paraná”, informou o coordenador de energias renováveis do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e integrante do NAPI Biogás, Herlon Almeida.

Já no último dia do evento, no dia 16, foram apresentados os seguintes NAPIs: Educação para a Ciência; Fenômenos Extremos do Universo; Educação do Futuro  e Startup Life.

“Desenvolver estudos/pesquisas sobre Inovações nos Sistemas de Educação Básica pública brasileira pós-pandemia, a fim de contribuir com políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento da educação no Paraná e no país é o grande objetivo do nosso NAPI. Para isso, uma das ações é identificar os níveis de proficiência digital de 45.000 professores da Educação Básica pública e 5.000 do Ensino Superior público”, destacou a professora da Unicentro e articuladora do NAPI Educação do Futuro, Maria Aparecida Crissi Knuppel.

Os NAPIs atuam na criação de riqueza e bem-estar, levam à maior assertividade dos instrumentos de apoio da Araucária e, consequentemente, melhor retorno sobre investimentos em P&D.

“O foco é consolidar a presença brasileira,  e mais especificamente paranaense,  na área de astronomia sendo direcionada para o desenvolvimento da indústria local, da pesquisa, internacionalização e recursos humanos”, disse a professora da Universidade Federal do Paraná e articuladora do NAPI Fenômenos Extremos do Universo, Rita de Cássia dos Anjos.

Outro NAPI apresentado foi o de Educação para Ciência, que tem como temática principal a popularização  e aproximação da ciência com a sociedade. “A sociedade precisa participar e fazer parte da produção do conhecimento e até mesmo usufruir dos benefícios da ciência, tecnologia e inovação. Para que isso aconteça, o trabalho deste NAPI é extremamente importante, pois promove a alfabetização e letramento científico”, ressaltou a professora da Universidade Estadual de Maringá e articuladora do NAPI Educação para Ciência, Débora de Mello Gonçales Sant'Ana.

Por fim, foi apresentado o NAPI Startup Life que tem como prioridades apoiar de forma sistêmica e integrada o ciclo de vida de startups no Paraná, estimular a criação de empreendimentos inovadores, a partir da geração de novas ideias, e disseminar a cultura do empreendedorismo inovador em todo território nacional, incentivando a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas locais, estaduais e regionais de inovação do país.

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