NAPIs movimentam o estande da UEM/Fundação Araucária na Expoingá 19/05/2025 - 12:14
A tradicional feira maringaense Expoingá chega à sua 51ª edição com o tema “O Agro Conecta”, ressaltando o papel transformador do agronegócio. Neste ano, a feira conta com uma novidade: a participação dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs).
A Expoingá ocorreu de 8 a 18 de maio, no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro. Os NAPIs estiveram no estande da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que também reuniu a Fundação Araucária, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
Doze Arranjos estiveram presentes para apresentar os projetos e compartilhar com o público o trabalho desenvolvido ao longo do último ano: Ressonância Magnética Funcional, Educação do Futuro, Biodiversidade RESTORE, Biodiversidade Recursos Genéticos, Taxonline, Paraná Faz Ciência, Emergência Climática, Proteínas Alternativas, Águas, Energia Zero Carbono, Serviços Ecossistêmicos e Manna Academy.
Participação
Nos dias 8 e 9 de maio, quem passou pela feira pode conhecer de perto o NAPI Taxonline. Uma das integrantes do Arranjo e a coordenadora do Programa de Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) da UEM, Carla Pavanelli, disse que os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação são uma maneira da Fundação Araucária fomentar a pesquisa no Paraná, financiando a ciência no Estado.
“Eles têm uma característica temática, em que as instituições e pesquisadores se unem para trabalhar em conjunto sobre um tema específico, fortalecendo a integração, intercâmbio e otimização dos recursos. E a população precisa saber disso”, destaca a bióloga.
Claudia Bonecker, articuladora do NAPI Biodiversidade: Serviços Sistêmicos, acrescentou que a participação dos NAPIs em eventos públicos permite que a academia retorne à comunidade este investimento de forma acessível, lúdica e criativa.
“Todos os resultados de pesquisas, por mais específicos e aprofundados que sejam, podem ser demonstrados para a população, que passa a conhecer e valorizar os cientistas que trabalham nas suas cidades. Além de, naturalmente, terem acesso aos resultados das pesquisas que, na maioria das vezes, são realizadas no seu entorno e trazem melhorias diretas na sua qualidade de vida”, destaca a professora da UEM.
O articulador do NAPI Biodiversidade: RESTORE, Halley Caixeta, vê a participação em eventos como a Expoingá como uma atividade muito importante. Primeiro como a forma de divulgar de informar à sociedade sobre as atividades que pesquisadores realizam utilizando dinheiro público.
“É importante que a população saiba como estes recursos estão sendo investidos. Conhecer as nossas atividades. Também é uma questão de formação, de informar sobre as temáticas em que atuamos como aquelas racionadas à questão ambiental, à restauração ecológica, ao monitoramento de ecossistemas aquáticos, enfim. Por fim, é uma oportunidade de apresentarmos produtos, pensando na questão das inovações que vem sendo desenvolvidas nos NAPIs, para que as pessoas fiquem cientes desses avanços que temos obtidos e como eles podem impactar nossa vida”, ressalta o professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
PRFC
A professora Christiane Okawa, do Departamento de Engenharia Civil da UEM, coordena os trabalhos do NAPI Águas, na Universidade. A principal atividade deste Arranjo está ligada a pensar indicadores de vulnerabilidade baseados nos impactos das mudanças climáticas. A coordenadora geral é a professora Yara Moretto, da Universidade Federal do Paraná, campus Palotina.
Christiane Okawa se disse honrada com a possibilidade de apresentar esse trabalho ao público, na Expoingá, já que é justamente para criação e manutenção de políticas públicas para os cidadãos que esse trabalho está sendo pensado. "Nossa expectativa é muito boa, pois atuamos para melhorar políticas públicas. O intuito é responder às necessidades da sociedade, evitando tragédias climáticas e demais perdas que afetam toda a sociedade”, resume Christiane.
O NAPI Manna realizou dois grandes eventos: o Boot Campo Manna Agro, envolvendo ações de inovação, internet das coisas, Inteligência Artificial e Robótica, voltadas ao agronegócio. No dia 18, domingo, houve o Manna Team com foco na Educação 5.0 que considera o desenvolvimento de SoftSkills.
Para a articuladora do Manna, Linnyer Ruiz Aylon, “a Expingá é mais uma forma de dar oportunidade aos estudantes de várias partes do Paraná de se aproximarem do conhecimento. Porém, vamos mais longe, eles têm a chance de mostrar que também fazem ciência de qualidade em suas escolas e com seus professores”, lembrou a professora da UEM.
Além de marcar presença no estande dos NAPIs, o NAPI Paraná Faz Ciência integrou a programação do Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM (MUDI). No balcão dos NAPIs, a equipe do Arranjo apresentou a neurociência com a ajuda de modelos de neurônios, células da glia e partes do cérebro, para mostrar aos visitantes como a ciência impacta o dia a dia.
“É uma grande oportunidade para apresentar aos paranaenses o que está sendo produzido nas nossas universidades, bem como consolidar uma política pública que pretende inserir o Paraná no cenário da divulgação científica como uma estratégia para valorizar os cientistas, atrair novos pesquisadores e promover a Ciência Cidadã. Afinal, a ciência está em todos os lugares na nossa vida e transformando a vida em sociedade!”, conclui a articuladora do NAPI PRFC, professora da UEM, Débora de Mello Sant’Ana.
Fonte: NAPI PRFC