O Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) - Manna realizou dois grandes eventos na Feira Agropecuária de Maringá, a Expoingá. A programação reuniu professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação, graduação e do ensino fundamento e médio numa grande festa de celebração da ciência.

No sábado, dia 17, ocorreu o Maná Galáxias com foco na Quântica. 50 estudantes de graduação e 20 estudantes de pós-graduação discutiram Quântica como parte de um treinamento que vai se prolongar por todo o ano. A ideia é criar o “Paraná Quântico”. 

À tarde, a equipe do Manna organizou o Boot Camp. Professores de diferentes regiões foram convidados a conhecer as tecnologias desenvolvidas pelo Arranjo, que podem ser levadas para as escolas, inclusive a Quântica.

No domingo, então, 150 estudantes de escolas públicas formaram equipes com seus professores e técnicos para aprender sobre tecnologia e, em seguida, participarem de um grande evento de inovação. A atividade terminou com pitchs e premiações.

“Toda a tecnologia e os conceitos de inovação que aprenderam na primeira fase do evento se tornam base para solução de um problema. Essa solução tem que ser apresentada por meio de um discurso curto e rápido, que chamamos de pitchs. A meta é que eles consigam ‘vender’ sua ideia com rapidez e convicção. Os melhores pitchs, então, concorrem a prêmios, as melhores ideias e a melhor maneira de expressar a ideia inovadora”, explica a articuladora do NAPI Manna, Linnyer Ruiz Aylon.

Os prêmios, segundo a professora Linnyer, “são as coisas fofas do Maná”: o Caderno da Gratidão; adesivos de gratidão e felicidade; mas também os vencedores receberam fones de ouvido, que foram doados pelos patrocinadores do evento.

Participantes

As escolas que participam desse tradicional evento do Manna, na Expoingá, são selecionadas por meio de edital. São de vários lugares e passam por um processo concorridíssimo. Segundo Linnyer, a equipe do Arranjo, todo ano, tenta conseguir um espaço maior para que seja possível atender mais escolas. Porém, por enquanto, o grupo consegue convidar entre 20 e 25 escolas, incluindo a Associação Rainha da Paz, de Cianorte.

“A Associação é uma instituição para vulneráveis sociais. Todos os anos eles vêm para abrir o evento também.  No ano passado e retrasado, trouxeram a Fanfarra. Em 2025, tivemos aqui o show de dança do pessoal do Manna Artes, da Rainha da Paz”, disse Linnyer.

E a professora não comemorou só o sucesso na Expoingá, durante o fim de semana. Também estava celebrando o fato de ser a primeira pesquisadora PQ (Bolsa de Produtividade em Pesquisa) nível A, do CNPq, na área de Microeletrônica do Brasil, notícia que recebeu na última quinta-feira (15).

“É emocionante, passa um filme na cabeça. E a gente lembra de quanta gente aí está nessa trajetória de pesquisa, com tantas dificuldades nesse país. Nós temos que ter responsabilidade agora para criar oportunidades para outros e outras. Principalmente as mulheres, porque parece que isso está resolvido ou semi resolvido, mas não está. A nossa jornada realmente é mais complexa e a crença em nós sempre é muito pequena. Mas, apesar de improváveis, nós somos possíveis”, completa a professora, que é assessora da presidência da Fundação Araucária; recebeu o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, em 2022; e o Prêmio Mecenas da Inovação, em 2024.

Fonte: NAPI RPFC