Com projetos do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Alimentos Saudáveis, o Biopark Educação conquistou dois prêmios nacionais, na última semana. Na categoria “Desenvolvimento e Validação de um Modelo de Negócio e Governança Colaborativa para Inovação Setorial do Oeste do Paraná” o prêmio promovido pelo ecossistema de inovação Iguassu Valley e da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) ganhou como melhor Hub de inovação do país.

“Ficamos muito felizes com esse reconhecimento das iniciativas que, através da parceria com o estado tem gerado frutos. Através do trabalho colaborativo, somando os ativos públicos e privados, nós conseguimos levar estas iniciativas para além das fronteiras do nosso estado”, destaca o vice-presidente do Biopark Educação e articulador do NAPI, Paulo Rocha.

O NAPI Alimentos Saudáveis, criado com o objetivo de contribuir para posicionar o Paraná na vanguarda mundial da produção de alimentos seguros e de alto valor agregado, é uma iniciativa da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Tem um investimento do Governo do Estado de R$ 25 milhões e contrapartida em igual valor do setor produtivo.

“O NAPI Alimentos Saudáveis é uma enorme parceria com o setor empresarial da região oeste do Paraná, liderada pelo doutor Luiz Donaduzzi e o Governo do Estado, por meio da Seti e da Fundação Araucária. Não há no Brasil uma parceria como essa, em que o setor produtivo através das empresas locais, se comprometem a investir, em cinco anos, R$ 25 milhões de reais e solicitam a contrapartida do Governo do Estado para o investimento da mesma quantia”, enfatiza o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

“Então é um arranjo muito inovador, uma efetiva parceria do setor empresarial, que lidera o processo através do Biopark e o Governo do Estado, por meio da Fundação Alcaria e da Secretaria de Ciências e Tecnologia e Ensino Superior”, comenta.

O arranjo conta com a participação de 10 grandes empresas e cooperativas da Região Oeste do estado, além de uma ampla rede acadêmica e institucional. A iniciativa busca integrar a cadeia produtiva com centros de inovação para gerar riqueza e bem-estar para a sociedade paranaense, além de desenvolver soluções inovadoras em alimentos, de modo a garantir diferencial competitivo às indústrias integrantes e alimentos mais saudáveis aos consumidores.  

“Temos atingido resultados consistentes junto com empresas e outros institutos de ciência e tecnologia. Já temos tecnologia desenvolvida nesse arranjo, já levantamos mais de 140 problemas coletivos da cadeia produtiva e estamos trabalhando em pesquisa para solucionar esses problemas e gerar uma demanda real para a sociedade”, afirma Paulo Rocha.

O NAPI se organiza em quatro grandes linhas de pesquisa: a primeira foca os estudos de sanidade animal, vegetal e de solo, enquanto, a segunda, pesquisa novos produtos e agregação de valor. As outras se aprofundam em genômica funcional e proteínas alternativas. 

Um dos projetos em destaque é o que busca debelar a Salmonella nas carnes, contribuindo diretamente para a saúde pública. Além desse avanço, a equipe também trabalha em soluções para aprimorar a gestão hídrica nas indústrias e no aproveitamento de coprodutos originados de resíduos de aves e outros animais, reduzindo desperdícios e impactos ambientais. Atualmente, são três projetos em execução e mais de 130 em fase de desenvolvimento, abrangendo temas como a redução de nitrito, nitrato e sódio nos alimentos.

“Essas pesquisas têm impacto direto no dia a dia do cidadão. Quando as grandes empresas adotam essas tecnologias, todos nós ganhamos em qualidade e saúde alimentar”, ressalta o articulador do NAPI, Paulo Rocha.