Mulheres são destaques em evento online do Paraná Faz Ciência 07/10/2021 - 10:10

As mulheres foram destaque no evento Paraná Faz Ciência, o braço paranaense das comemorações do Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações. O evento online, realizado nesta terça-feira (5), debateu a atuação das mulheres na ciência e na extensão em painéis com participação e mediação de professoras universitárias. O encontro também abordou o tema  "Ciência na Escola. 

O Paraná faz Ciência é uma iniciativa idealizada pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e tem a parceria com a Universidade Virtual do Paraná (UVPR) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM), com o apoio da Fundação Araucária e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As atividades acontecem até sexta-feira (8). Neste ano o tema central é “A transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o planeta”. O objetivo é aproximar a população, principalmente os jovens, de conteúdos relacionados ao desenvolvimento científico e tecnológico e suas aplicações.

A professora da UEM, Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, mediou o Painel 3, intitulado “Mulheres cientistas, a diversidade em ação”, com a participação da professora, também da UEM, Sheilla Patrícia Dias de Souza, e da egressa da universidade, Géssica Nunes, entre outras mulheres de destaque de outras instituições.

A professora Sheilla apresentou sua ação junto à Associação Indigenista de Maringá (Assindi), que tem diferentes projetos de extensão com a UEM. “A existência destes projetos de extensão cria um ambiente propício a se conhecer de maneira mais profunda rastros da nossa ancestralidade, dos nossos antepassados indígenas, tão importantes para nossa história atual”, disse ela.

Outra representante da luta dos indígenas, também da UEM, Géssica Nunes, contou a trajetória que a levou a transformar seus anos dentro da universidade em bandeira de luta pela identidade indígena. “Passei a defender minha experiência, a indígena que eu sou. Cobrar que o meu saber e minha forma de ver o mundo fossem respeitados. Percebi que o ensino superior é uma ferramenta de luta. O espaço universitário é lugar de poder, onde se produz conhecimento. E da dor de não ter identidade ali, passei a buscar respostas, mobilizar as pessoas por mudanças”, disse Géssica.

CIÊNCIA NA ESCOLA – O evento também tratou, no Painel 4, do tema Ciência na Escola, discutindo como que a ciência produzida nas universidades, academias e centros de pesquisas é usada para construção do saber nos espaços escolares, com a extensão, projetos inovadores e popularização do conhecimento científico.

A professora da UEM, Evanilde Benedito, que atua como pesquisadora no Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), apresentou a trajetória do projeto de extensão SOS riachos. “O objetivo geral do projeto foi sensibilizar a população, principalmente os estudantes do ensino fundamental, sobre a necessidade e urgência da conservação dos riachos urbanos e fundos de vale, visando uma melhor qualidade de vida e saúde integral. Com auxílio dos estudantes e da comunidade, o Projeto SOS Riachos buscou uma interação com a população da região”, explicou a professora.

Sandra Mara de Alencar Schiavi, também da UEM, abordou o tema “Contribuições da Ciência para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”. Atual pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UEM, ela apresentou as ações que a universidade tem realizado para contribuir com os ODS. “Percebemos que muitos professores não conhecem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030. Precisamos nos engajar mais no envolvimento desses professores e alunos neste tema”, disse ela.

Thaís Sanches, professora de Ciências e Biologia da Educação Básica, narrou como é ser professora e pesquisadora nas redes sociais. Desde de 2019, Thaís vem criando conteúdo no instagram, ensinado para seus alunos e para outros professores, como levar ciência para a sala de aula de forma divertida. “A ideia é compartilhar para que outros também consigam reproduzir. É importante sempre compartilhar o conhecimento”, afirmou Thaís.

Fonte: Seti