Governo do PR decreta calamidade pública no litoral 16/03/2011 - 14:20
Com a decretação de estado de calamidade pública, a contratação de serviços pode ocorrer sem a necessidade de abertura de licitações, o que facilita a realização das obras de recuperação e outras medidas necessárias para atender a população atingida pelas chuvas do último final de semana.
A situação no Litoral recebe atenção total do governo. No fim de semana, Richa instalou um gabinete de emergência, integrado por representantes de várias áreas do governo, visando agilizar as providências necessárias para atender a população afetada pelas chuvas. “Neste momento o atendimento às vítimas das chuvas é prioridade do governo”, afirma o governador.
Equipes da Secretaria da Saúde, da Defesa Civil, da Polícia Militar, da Secretaria da Família, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) da Mineropar e da Sanepar, entre outras secretarias e órgãos do governo, atuam no litoral para minimizar riscos, restaurar a infraestrutura e dar atendimento às famílias desabrigadas e desalojadas.
Presidenta garante apoio para o Litoral do Paraná
O governador Beto Richa recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça-feira (15). Durante cinco minutos, a presidente e o governador falaram sobre a dimensão dos estragos causados pela chuva na região litorânea do Estado. Foi a primeira conversa entre os dois depois da posse.
Dilma Rousseff colocou-se à disposição do Governo do Paraná para ajudar a população e os municípios da região e determinou o envio de uma ponte metálica do Exército, que estava em Porto União, na divisa entre Paraná e Santa Catarina, para substituir temporariamente uma das pontes que foi derrubada pela enxurrada.
O governador também conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pediu a liberação de um helicóptero do Exército para transportar um equipamento necessário para recompor o funcionamento da estação de tratamento de água de Paranaguá, que também foi paralisada em decorrência do excesso de chuvas na região.
A aeronave militar, que está no interior paulista, tem capacidade de carga de até 4 toneladas e será necessária por que não há acesso por terra para instalar o equipamento na estação de tratamento da companhia municipal Águas de Paranaguá.
Brasília - A situação dos municípios litorâneos será tratada em reuniões nos ministérios da Integração Nacional e das Cidades, na tarde desta terça-feira (15), em Brasília. O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Mounir Chaowiche, os prefeitos de Morretes, Amilton Paulo da Silva, e de Antonina, Carlos Augusto Machado, e a senadora Gleisi Hoffmann irão apresentar ao ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) um relatório sobre a situação do Litoral.
No encontro serão solicitados recursos para atender pessoas desabrigadas pelas enchentes e para recuperar a infraestrutura da região. Por conta do deslizamento de encostas e do volume extraordinário de água que caiu sobre a região, ficaram interditados vários trechos de estradas, inclusive a BR 277, que dá acesso ao Porto de Paranaguá.
Já são 282 postos de arrecadação
Subiu para 282 o número de postos de arrecadação de donativos para as vítimas das enchentes no Litoral do Paraná. De acordo com a secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, já foram enviadas para a região 209 toneladas de alimentos, roupas, água mineral, colchões e produtos de limpeza e higiene pessoal.
Do total de postos de arrecadação, 98 foram instalados em empresas parceiras do Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense), como os supermercados Condor, Muffato, Festval, BIG, Wall Mart e Mercadorama; 30 nas secretarias de Estado e órgãos públicos; 96 nos quartéis do Corpo de Bombeiros; 57 nos quartéis do Corpo de Bombeiros Comunitários.
A presidente do Provopar, Marli Corleto, fez um apelo para que os paranaenses continuem doando não só alimentos e roupas, mas também cobertores e colchões. Segundo ela, o Provopar abriu duas contas bancárias para doações em dinheiro, que a principio serão usadas na compra desses itens. “Num segundo momento, vamos utilizar estes recursos para comprar objetos indicados pela Defesa Civil, como luvas e botas de borracha (galochas) para pessoas que moram no interior dos municípios atingidos e vão trabalhar na reconstrução de suas casas. É preciso ter equipamentos adequados para evitar ferimentos com objetos levados pela enxurrada ou mesmo com picadas de cobras, aranhas e escorpiões”.
As doações em dinheiro podem ser feitas no Banco Itaú, agência 4143, conta corrente 00736-9, e no Banco do Brasil, agência 3041-4, conta 25.101-1. O CNPJ do Provopar Ação Social é 76.793.397/0001-88.