Evento debate desafios e soluções para tornar as cidades mais inteligentes e humanas por meio da CT&I 15/07/2025 - 14:28
Especialistas de diversas áreas e regiões do estado participaram, nesta terça-feira (15) no Campus da Indústria em Curitiba, de um evento que intensifica as discussões para indicar os principais desafios e apontar soluções para tornar as cidades mais inteligentes e humanas por meio da ciência, tecnologia e inovação. Organizado pela Fundação Araucária, o world café promove a conexão de atores que já trabalham com a temática para, a partir de um diagnóstico, organizar as principais iniciativas e avançar nas prioridades para que as cidades paranaenses se tornem mais inteligentes.
Cidades Inteligentes é uma das áreas prioritárias do Governo do Estado e, segundo o diretor de ciência, tecnologia e inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, embora existam muitas iniciativas importantes há a necessidade de uma sistematização destes e de novos projetos. “Percebemos que faltava uma governança, uma organização mais sistêmica, especificamente a esse tema. Então o objetivo dessa conversa de hoje é entender o que já tem sido feito e dar mais sistematização a tudo isso. Com os instrumentos que a gente, como governo, pode oferecer nessa sistematização. Um trabalho que envolve governo, empresas, terceiro setor e academia que são as nossas universidades”, explicou o diretor.
Entre as principais características para que uma cidade seja considerada humana e inteligente estão que seja comprometida com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômicos, ambiental e sociocultural. Deve atuar de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovendo o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas. Também utilizar tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas.
O diretor de Desenvolvimento e Integração da Secretaria de Estado das Cidades, Marcos Junior Marini, destacou o evento como oportunidade de conectar diferentes segmentos para a construção de uma governança em cidades inteligentes em âmbito estadual.
“Nós temos, enquanto governo do estado do Paraná, a preocupação com o desenvolvimento urbano, sempre pensando em tecnologias, em condições para tornar a cidade mais humana, mais inteligente e também mais sustentável. O movimento principal hoje passa por duas palavras, conexão e governança. Esse é um momento importante de conectarmos esses diferentes segmentos, dentro de um processo de governança que possibilita a implementação de ferramentas para cidades inteligentes e sustentáveis”, disse Marini.
Entre as discussões a necessidade de maior aproximação da academia, por meio das universidades, diante da importância da ciência e tecnologia para atingir melhores resultados.
“A pesquisa tem muito a agregar e nós temos um ativo muito importante no Paraná, que são as sete universidades estaduais, tem o sistema federal, institutos federais e também o sistema de universidades privadas, que é o caso da PUC Paraná. A academia trabalha com a pesquisa profunda e as demandas surgem de fato, precisamos entendê-las e trabalharmos de maneira colaborativa nestas soluções”, enfatizou a pró-reitora de Pós-graduação e Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Paula Cristina Trevilatto.
Coordenadora de Tecnologia e Inovação do Instituto Senai de Inovação – Londrina e membro da Governança de Londrina, Silvana Mali Kumura, observou que o Paraná é um celeiro de cidades inteligentes. “Eu entendo que eventos como esses são primordiais para que a gente possa avançar nessa conexão dos nossos propósitos de pesquisa.”
O evento contou com painéis de iniciativas de governanças municipais de cidades inteligentes e rodadas sobre Tecnologias habilitadoras e problemas urbanos prioritários; Modelos de governança e o papel dos atores, Propostas para estratégias e instrumentos de fomento, além da Visão de futuro de como será uma cidade inteligente e humana em 2035.
Vera Antunes, presidente da Associação Comercial Industrial de Londrina, ressaltou nas discussões a importância de encontrar alternativas para cidades mais inteligentes, inclusivas e com cidadãos mais felizes. “Quando a gente pensa em cidades inteligentes, a gente pensa em cidades sustentáveis, uma cidade onde as pessoas têm mais mobilidade, as pessoas têm mais acesso à saúde, à educação de qualidade, então quando a gente discute isso, isso é de extrema relevância. Então quando você enxerga um cidadão feliz, você enxerga que ele está num espaço bom, num lugar bom, onde ele tenha tudo isso que eu mencionei, e a gente é isso que eu acredito.”
Beto Marcelino, presidente do conselho do Grupo iCities – Smart Cities Solutions, manifestou interesse em que o grupo apresente o avanço das discussões do evento desta terça-feira (15) no próximo Smart City Expo Curitiba, que acontece em março de 2026. “O Paraná já é destaque, levando em consideração as cidades que têm seus rankings já. Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, são cidades de destaque e que vêm criando políticas públicas a favor de uma melhoria da qualidade de vida das pessoas. Então eu acho que esse grupo que está sendo criado aqui vai estimular mais ainda os gestores públicos, principalmente os prefeitos, secretários que têm o poder de alterar as políticas ou até de criar políticas públicas essenciais para cidades inteligentes.”