Cerimônia marca encerramento da 1ª edição do Programa Prime 27/07/2021 - 21:11

Uma cerimônia virtual, realizada nesta segunda-feira (26), marcou o encerramento da 1ª edição do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). O programa capacitou 17 pesquisas acadêmicas das Universidades Estaduais do Paraná sobre a cultura empreendedora e a transferência de conhecimento para o setor produtivo.

A iniciativa foi desenvolvida em parceria entre a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Superintendência de Inovação, Fundação Araucária e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR).

O investimento na primeira edição do projeto foi de R$ 90 mil, a expectativa é que o valor aumente para a segunda edição. Já estão reservados R$ 400 mil para o programa todo.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou o caráter inovador e pioneiro do projeto no Estado. “Nosso objetivo é estimular novas habilidades e competências empreendedoras nas universidades estaduais, adotando o empreendedorismo como estratégia de negócio, para apoiar novas soluções tecnológicas no Estado do Paraná. É um processo que servirá de inspiração para as próximas edições”.

Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig o Paraná possui uma teia de ecossistemas de inovação diferenciada. “É justamente essa diversidade que faz com que consigamos alavancar recursos. Temos clareza em utilizar a alta qualificação que possuímos na chamada  quádrupla hélice formada por academia, empresas, setor público e sociedade civil, na qual o governo paranaense vem buscando ampliar ações para incentivar novas soluções e ideias que ajudem no desenvolvimento do Estado", destacou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

Desde que foi lançado, em dezembro de 2020, os pesquisadores participaram de diversas rodadas de pitch (técnica utilizada para apresentação de negócios inovadores), mentorias especializadas e consultorias individuais. O programa somou quase 100 horas de capacitação com os participantes.

A consultora do Sebrae/PR, Vivian Escorsin, ressaltou que a estrutura do Prime foi pensada para auxiliar os pesquisadores a construírem um modelo de negócio competitivo. “Nosso objetivo é a produtização das iniciativas que nascem nas universidades. O Prime insere nas pesquisas uma visão inicial de mercado, capacitando os pesquisadores paranaenses para que possam compreender as oportunidades de negócios”.

Escorsin também explica que a primeira edição foi voltada para o público das Universidades Estaduais do Paraná, mas que, a partir da segunda edição, pesquisadores ligados a uma instituição de ensino, ciência, tecnologia e inovação pública ou privada poderão participar.

Para realizar a pré-inscrição no programa basta acessar: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeQPxpRp8uu2XgpUVqVG176iWsiv6Mc7chkpbadPANHZjoZcg/viewform. Caso existam dúvidas, o candidato poderá enviar um e-mail para prime@seti.pr.gov.br.

SELECIONADOS – Dos 21 projetos inscritos, cinco foram selecionados para participar de um programa de pré-aceleração de startups, ofertado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR).

A presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) e reitora da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Fátima Aparecida da Cruz Padoan ressaltou a importância da iniciativa. “O Prime ajuda a demonstrar como nossas universidades são essenciais no desenvolvimento econômico e social do Estado. Essa aproximação das instituições públicas com as empresas privadas é de grande valia para toda a população”.

O primeiro lugar foi conquistado pelo professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que desenvolveu uma cerveja artesanal, enriquecida com bioativos para diabéticos, a partir da utilização de alecrim do campo. O extrato do alecrim do campo é recomendado para pessoas que possuem diabetes, pois ajuda na redução dos níveis de glicemia no organismo.

“O Prime é uma excelente estratégia de conexão entre os pesquisadores das universidades, órgãos do Governo do Estado e o Sebrae. Esse tripé acelera o desenvolvimento dos projetos, identifica novas potencialidades e nos aproxima com o setor produtivo e empresarial. O programa contribuiu muito para a evolução da nossa iniciativa”, destaca Malfatti.

Na segunda posição ficou o professor Admilton Oliveira Deméter, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com um estudo sobre um agente biológico para o controle de doenças de plantas. Na pesquisa, além da ação fungicida, o bioproduto obteve resultados favoráveis para o crescimento de plantas com mais vigor, e poderá ser aplicado contra o mofo branco e a ferrugem da soja.

Completam o pódio, em terceiro, a professora Mayra Gallo, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com o Bio-HiJAck, fungicida biológico para combater a ferrugem-asiática, doença da soja. O professor Afonso Gonçalves Júnior, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), foi o quarto classificado com a pesquisa que resultou em um filtro sustentável para descontaminação de águas e solos com base de tabaco.

Na quinta colocação ficou a estudante do mestrado em Nanociências e Biociências da Unicentro, Camila Rickli com o Daoxi, dispositivo para o controle automatizado da oxigenoterapia (utilização de oxigênio para tratamentos médicos).

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da SETI.