CONFAP e Departamento Australiano de Educação, Capacitação e Emprego alinham memorando de entendimento para cooperação científica entre Brasil e Austrália 07/08/2020 - 19:02

Na tarde de quinta-feira (06/08) no Brasil, e início da manhã de sexta-feira (07/08) na Austrália, representantes do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), do Departamento Australiano de Educação, Capacitação e Emprego (DESE), e da Embaixada da Austrália no Brasil, se reuniram por videoconferência, para alinhar Memorando de Entendimento (MoU) entre as entidades, com a finalidade de realizar o intercâmbio de ações de pesquisa e desenvolvimento entre o Brasil e a Austrália.

Na abertura da reunião, o Presidente do Confap, Prof. Fábio Guedes Gomes, resumiu a importante atuação que o Conselho, no conjunto de suas FAPs, têm no país, e compartilhou suas expectativas para a parceria.

“O Confap representa 26 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa [FAPs], sediadas nas cinco regiões do Brasil, e temos uma expectativa muito grande de poder assinar este memorando de entendimento para atuar em conjunto com a Austrália por meio desta parceria com o DESE. O Confap já possui uma atuação internacional bastante ampla, em projetos com diversos países, e ultimamente temos recebido demandas e projetos com o interesse de estreitar o intercâmbio científico com a Austrália, o que reforça ainda mais a importância dessa parceria”, disse Guedes.

Na pauta da reunião foram abordados diversos assuntos e possibilidades de atuação conjunta entre o Confap e o DESE, com destaque para o alinhamento do Memorando de Entendimentos (MoU); a Aliança Tropical de Pesquisa da Água (TWRA – Tropical Water Research Alliance); e futuras missões de pesquisadores brasileiros para intercâmbio com o ecossistema de inovação australiano.

Memorando de Entendimento CONFAP- DESE

O Memorando de Entendimento (MoU) que está sendo elaborado pelas entidades visa: apoiar atividades que motivam pesquisadores australianos e brasileiros a atuarem conjuntamente em projetos de pesquisa; possibilitar a mobilidade de pesquisadores, alunos de pós-doutorado e alunos de pós-graduação (incluindo doutorado e mestrado) entre os países; realizar seminários, workshops e publicações para promover os resultados das atividades conjuntas; e preparar e coordenar outras atividades em conjunto que possibilitem o intercâmbio científico entre o Brasil e a Austrália. O documento (MoU) está em fase final de ajustes e sendo preparado para a coleta das assinaturas dos representantes do Confap, das FAPs que irão aderir a parceria, e do Ministério da Educação Australiano e em breve será oficializado.

TWRA (Tropical Water Research Alliance)

Outro importante tema tratado na reunião foi a Aliança Tropical de Pesquisa da Água (TWRA – Tropical Water Research Alliance), uma parceria entre instituições (públicas e privadas) e o meio acadêmico do Brasil e da Austrália, que foi apresentada no dia 30/07 para o Confap (leia matéria), e tem como objetivo geral desenvolver tecnologias ambientais e apoios metodológicos para o desenvolvimento de uma gestão integrada e sustentável em bacias hidrográficas tropicais, por meio do treinamento pessoal, mitigação dos efeitos da degradação ambiental e das mudanças climáticas. 

“O tema da água é estratégico para o Brasil, especialmente para o Nordeste brasileiro. Temos dezenas de pesquisadores já atuando pela TWRA, e acredito que a Aliança possa ser o piloto de um experiência de parceria efetiva entre o Brasil – via Confap, e Austrália – via DESE, por meio do Memorando de Entendimento”, destacou Guedes.

Matthew Johnston – Conselheiro de Educação e Ciência da Embaixada da Austrália no Brasil, complementou: “Acho muito importante que o acordo venha a beneficiar a equipe da Aliança TWRA. E o fato de ter um acordo entre as FAPs no Brasil com a Aliança, facilitando essa articulação interestadual, e criando um rede pelo lado brasileiro é muito positivo, e agrada o lado australiano ter o acordo internacional dessa forma, para que tenhamos não somente o intercâmbio entre os pesquisadores, mas também entre as redes de pesquisa brasileiras e australianas, que será um diferencial no âmbito da cooperação científica e acadêmica internacional”.  

Missão de pesquisadores brasileiros na Austrália

Johnston informou aos brasileiros que recentemente a Academia Australiana de Ciência (Australian Academy of Science) realizou um importante mapeamento do ecossistema de inovação do país e propôs o intercâmbio de pesquisadores brasileiros e de delegação composta por presidentes das FAPs para conhecerem o ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação australiano, os mecanismos de fomento e buscarem parcerias institucionais a fim de expandir essa parceria para outras áreas. 

“Esperamos iniciar nossa parceria também com ações na área da Saúde, e de pesquisas relacionadas a essa temática que tenham desdobramentos principalmente com todos os problemas enfrentados atualmente com a Covid-19”, disse Johnston. 

Em razão da pandemia, e por consequência o fechamento das fronteiras internacionais, Johnston propôs iniciar essas ações de intercâmbio de pesquisas relacionadas à Saúde já no segundo semestre de 2020 de forma virtual, para que em 2021, com a expectativa da mitigação do novo coronavírus e reabertura das fronteiras internacionais, o ecossistema de C,T&I da Austrália possa recepcionar os brasileiros para essa troca de experiências. 

Participaram da reunião, além do Prof. Fábio Guedes Gomes – Presidente do Confap, e de Matthew Johnston – Conselheiro de Educação e Ciência da Embaixada da Austrália no Brasil; Flávia Cerqueira – Assessora de Cooperação Internacional do Confap; Cristina Elsner – Gerente do Departamento de Educação da Embaixada da Austrália no Brasil; Luisa Neves – Oficial de Políticas da Embaixada da Austrália no Brasil; Barbara Klompenhouwer – Assessora do Departamento Internacional do DESE; e David Fouad – Oficial de Políticas e Programas do DESE.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social – Confap (Por: Fernando de Lucena).